Entenda como chegamos lá
Com a prisão dos magnatas dos transportes, como Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, e o depoimento de diversos delatores comprovando a famosa "caixinha da Fetrasnpor", ficou inviável para a Câmara de Vereadores não instaurar uma CPI dos Ônibus.
Entretanto, o prazo de conclusão dos trabalhos era dia 13 de dezembro. E, apesar da resistência de três membros da comissão em prorrogá-la por mais dois meses, nós, do Meu Rio, sabíamos da importância disso. Peças-chave da história ainda não foram ouvidas pela CPI - como empresários de ônibus, presidentes dos 4 consórcios, ex-secretários de transporte e o ex-prefeito Eduardo Paes.
No dia 14 de novembro, lançamos uma campanha de pressão em cima dos vereadores Alexandre Isquierdo (DEM), Rogério Rocal (PTB) - presidente e vice da CPI, respectivamente - e Dr. Jairinho (PMDB) pedindo para que votassem SIM ao requerimento de prorrogação da CPI.
Foram mais de 6 mil e-mails enviados em uma semana. E a pressão surtiu efeito. Na reunião do dia 21 de novembro da CPI, os cinco vereadores decidiram, por unanimidade, prorrogar os trabalhos por mais 60 dias. A tese já era defendida por Tarcísio Motta (PSOL) e Eliseu Kessler (PSD).
Uma vitória de todos nós, que defendemos uma investigação rigorosa contra a máfia dos transportes - que, há décadas, domina o sistema e financia ilegalmente campanhas eleitorais.